Tempero na relação

17 nov

Tinha um bispo em Pádiminas que dizia que só depois de comer um fardo de sal com uma pessoa é que a gente realmente poderia dizer que a conhecia de verdade. Imagina o tempão que se leva para comer um fardo de sal, pitadinha por pitadinha! Será que eu e Renné já comemos juntos nosso fardo de sal? Bom, acho que o sal comido numa relação à distância deve valer por dois…

Renné estranhou que em Portugal não tem saleiro nas mesas de restaurantes. E, se você pedir, fazem cara de espanto. Gosto de sal, coloco sal em muita coisa. Também gosto de pimenta. Descobri um casal de saleiro e pimenteiro fofíssimo, chama Senhor Marinho e Dona Pimentinha. Também colocamos na lista um saleiro comum, maiorzinho, onde vou despejar o resto do saquinho de sal – que será gasto rapidim – e colocar dentro do armário.  O casal tempero vai ficar em cima da mesa, como Renné gosta.

Já açúcar é produto que vem caindo em desuso. Não uso adoçante, mas também não tomo café e nem adoço suco. Basta o açúcar que eu consumo na Coca-Cola e nas sobremesas. Mas em chá eu gosto de colocar um tiquim de açúcar. E sempre vai aparecer alguma idéia para adoçar a vida. De repente uma receita pede lá o tal do açucar. Então é certo que teremos o produto em casa. Descobri um açucareiro inacreditável, em formato de ampulheta. Uma vez dei uma ampulheta (de areia, e não açúcar) para Renné. Foi no início do namoro. Acho que tinha algum sentido, não lembro qual.

Para fechar este post de temperos, tem um porta temperos diversos em formato de… baleiro! Eu simplesmente amo baleiro, meu sonho era ter um baleiro de verdade, tipo daqueles de venda de roça, de vidro e três andares. Mas para ter um objeto tão grande assim é preciso ter uma casa proporcionalmente grande. E é preciso que muita gente circule por esta casa grande, principalmente crianças, para justificar tantas balas, chicletes e pirulitos. Está decidido, quando eu for avó (e Renné avô), teremos um baleiro de verdade em nossa casa.

O casal temperado, Senhor Marinho e Dona Pimentinha

 

Para guardar o sal iodado (que evita o bócio endêmico. credo)

Açucareiro-ampulheta - dispensável, mas bem engraçadinho

porta tempeiiiro zeca baleiiiro

Macarrão é bão

15 nov

Renné já disse que não quer comer muito macarrão. Ok. Mas naqueles dias de preguiça ou de falta de ingredientes pra algo um pouco mais elaborado… um macarrãozinho dá conta. E nem sempre precisa ser o basição, existem mil maneiras de se transformar uma receita de massa em algo mais sofisticado e saboroso. Só de trocar o nome “macarronada” por “massa” (ou “pasta”) já surte algum efeito, né? Daí eu posso cozinhar falando em italiano de novela…

O escorredor de macarrão já citei aqui. Abaixo tem uma espagueteira linda, com estampa retrô. Espagueteira é panela com furinhos na tampa para escapar um pouco do vapor. Tem uma colher própria para servir macarrão, com estes dentinhos que não deixam a massa escorregar. E, claro, um ralador para ralar o indispensável queijinho meia cura. Perfetto!

Espagueteira de estampa retrô

 

Colher própria para servir macarrão

 

Ralador para ralar queijim

Listas de presentes

15 nov

O chá de panela será no dia 4 de dezembro, em Belo Horizonte. Renné e eu vamos convidar nossos amigos todos. Será um momento muito importante pra gente, esta festa vai marcar uma mudança grande (e para melhor!) em nossas vidas. Depois talvez faremos outro chá de panela em São Paulo, no fim de janeiro, mas isso ainda não é nada certo…

Bom, fizemos listas de presentes em três lojas, Imaginarium, Ricardo Eletro e Tok&Stok. As listas ajudam a diminuir a repetição de presentes e também facilita a troca quando a repetição acontece. Mas quem quiser nos dar algo que não está na lista, bão também, a chance de acertar é grande, pois não temos praticamente nada ainda.

Na Imaginarium tem coisas muito bonitinhas e engraçadinhas, mas com preços, digamos, incompatíveis com a utilidade dos objetos. Na Ricardo a relação preço/utilidade é beeem melhor. Lá fizemos uma lista com panelas diversas, talheres, copos, pratos e também alguns eletroportáteis, tipo torradeira, ferro e george foremam grill. Na Tok&Stok tem todas as miudezas (colher de pau, pegador de macarrão, escumadeira, espátula, abridor de latas, ralador…) e outras coisas de casa, mas não de cozinha.  

Quem desejar nos presentear pelas listas, entra nos sites das lojas, digita os nossos nomes, escolhe e compra o que quiser. Não dá para acessar a lista pelas lojas físicas da Ricardo Eletro, só dá para comprar pelo site e o endereço de entrega que colocamos é o em que moro atualmente, em São Paulo. Da Imaginarium dá pra comprar pelo site ou nas lojas e mandar entregar na minha casa de BH ou na de SP; na Tok&Stok a mesma coisa, e dá pra entregar em SP ou na casa do Renné de BH. Coisas pequenas, melhor levar pra festa, pro povo todo ver; coisas pesadas e/ou frágeis melhor mandar entregar em São Paulo mesmo.  

Algumas coisas das listas são mais caras do que em outras lojas. Quem quiser pode tomar as listas de referência e comprar em outro local. Nestes casos, se possível, peço para avisarem a minha prima Dalila (chadepanela.silviaerenne@gmail.com) , ela fará o controle direitinho para evitar as tais repetições de presentes. Ai, gente, que feiúra esse mundo de explicações aqui, né? Ainda mais sobre presentes, que é algo que naturalmente deve ser espontâneo e não pré-definido em listas. Mas apesar de bem burocrático, acho que é melhor explicar tudo de uma vez só. Sim, precisamos e queremos ganhar objetos de casa. Porém, presentear não é uma obrigação ou prova de amizade. Deixar de ir a nossa festinha, isso sim, é imperdoável.

Esperamos vocês, nossos amigos!

Latas de guardar tremdecomer

15 nov

Brincando em frente a minha casa, às vezes eu via uma avó apontar de um lado da rua ou outra avó apontar do outro lado. Se eu gritasse “mãããe, lá évem Vovó Melinha”, meu irmão pedia “olha se ela está com a sacola”. Se eu berrasse “mãããe, lá évem Vó Escolástica”, meu irmão perguntava de dentro de casa “ela está com a lata?”. Vovó Melinha (uma das muitas Amélias de minha família) levava quitutes lá pra casa numa sacola. Vó Escolástica levava biscoitos e roscas numa lata. Meu irmão sempre foi guloso.

Na casa de Vó Escolástica tinha dispensa, com uma tanto de latas cheias de biscoitos e outras delícias. As dispensas deixaram de existir nas casas. Não fazem mais sentido num Brasil com estabilidade econômica. São de uma época em que as pessoas compravam toneladas de produtos de uma vez, pois a todo momento vinha um reajuste ou, num tempo mais antigo, a escassez de coisas básicas. Já pautei uma matéria sobre o encolhimento dos supermercados no país. A mesma causa, a estabilidade da moeda, fez com que as pessoas deixassem de fazer uma grande compra por mês num hipermercado e voltassem a procurar os mercadinhos perto de casa sempre que preciso.

Na minha tia Eleusa também tinha uma coleção de latas em cima do armário da cozinha. Eram vermelhas com uns desenhos, não lembro mais de quê. Deviam ser umas sete latas no total, cada uma de um tamanho, organizadas de modo decrescente. Numa foto do aniversário de meus primos Danilo e Dênia, estas latas estão ao fundo. Nela eu estou com quatro anos, no colo do meu irmão. Tenho vergonha das fotos dos aniversários de meus primos, elas revelam um hábito que eu tinha de apagar a vela da festa dos outros. Coisa feia!

Quero ter latas de guardar trem de comer em minha casa. E elas devem ser de tamanhos diferentes, pois a gente não come tudo na mesma quantidade, assim como não gostamos de ninguém “igual”. Essa comparação não tem nada a ver com as latas. Mas eu detesto quem diz que gosta dos outros na mesma intensidade, isso é impossível. Não que exista uma escala de querer-bem, mas as formas de se gostar são bem diferentes em cada relação. Chega,vamos espiar as latas.

Deste modelo têm latas de 800ml; 1,3l; 1,8l e 2 litros

Lata prateada - este modelo tem no tamanho pequeno e no tamanho grande

Noite de pizza!

15 nov

Tem coisas que são úteis, porém não imprescindíveis. Um cortador de pizza, por exemplo. Se não tiver, vai com a faca mesmo, dá mais trabalho, tem mais risco de cortar errado, fazer bagunça… Mas sem comer a pizza não se fica. Uma forma de pizza é ótima para assar pizzas congeladas. Também, mesma coisa, se não tiver uma forma de pizza redondinha, a gente parte a pizza gelada ao meio e assa em um tabuleiro retangular qualquer. Certamente vamos comer pizza com freqüência. As pizzas paulistanas são ótimas e, por incrível que pareça, são mais baratas que as de BH. Ter um cortador e uma forma de pizza em casa, no mínimo, vai tornar mais fast esta food de domingo à noite.

Coloque e asse

Corte e coma

Coqueteleira

14 nov

Todo dia chegam coisas à revista onde trabalho, geralmente produtos de beleza. Depois de uma triagem, umas coisas vão para o acervo, para serem utilizadas em algum editorial de consumo. As que não tem a ver com a linha editorial da revista ou que já foram divulgadas caem na roda, ou melhor, na mesinha. E cada um pega lá o que lhe interessar. Foi assim que peguei pra mim uma coqueteleira. Antes eu falava coqueteira, vi na Internet que chama coqueteleira, palavra embolada, tipo cabeleireiro. Então temos uma coqueteleira, transparente assim. Dentro dela tem umas bolinhas transparentes com um liquido ou gel, não sei. Diz que basta colocar na geladeira que estas bolinhas congelam mais que gelo. Depois é colocar dentro da coqueteleira e preparar uns coquetéis.

Pra fazer batidinhas

Chaleira fofética

14 nov

Vi uns modelos de chaleira tão lindos que por um momento até pensei “para que serve uma chaleira?”. Ah, o nome diz, para fazer chá. Mais do que isso, serve para ferver água e fazer qualquer coisa que demande água fervida. Tem chaleira em forma de joaninha, pato e girafa. A princípio achei a de joaninha mais bonita, adoro joaninhas e a combinação preto com vermelho. Mas olhando de perto, achei a chaleira-joaninha estranha, meio coisa-do-mau. Entre a linda girafinha e o patinho, preferi a chaleira-patinho, pois lembra Patos de Minas.

Linda! (mas com um "quê" meio estrainho, não?)

 

que fofura de girafinha!

a escolhida

Escorre-tudo

14 nov

Em Portugal Renné fez muito macarrão, enjoou e aprendeu a cozinhar outras coisas. Chegou a me pedir que a gente não comesse macarrão por um tempo. Mas um dia eu fiz macarrão e ele comentou estar impressionado com o quanto um escorredor de macarrão facilita a vida, que escorrer sem escorredor era muito mais estressante.

Vou aproveitar o mesmo post para falar de outros escorredores. O escorredor de arroz é invenção patenteada por uma dona de casa brasileira. Ela disse numa entrevista que pedia a empregada para lavar o arroz e escorrer numa peneira. Daí pensou em juntar peneira e vasilha num objeto só.

Tem gente que esconde o escorredor de pratos depois de arrumar a cozinha. Quando morava com a Simone até comprei um escorredor de pratos fácil de dobrar e guardar. Depois pensei, pra quê? Copos e pratos estão sempre sendo sujados e lavados, é melhor de um escorredor fixo ao lado da pia.

Acrescentei à lista um objeto que nunca vi de perto. Até achava que era frescurite, mas Débora disse que é realmente útil e que a tia dela usa sempre, falo de um secador de salada. Não é exatamente coisa irmã dos escorredores, mas são primos próximos, digamos assim.

Escorredor de macarrão - facilita a vida

 

Escorredor de arroz, uma invenção brasileira

 

Escorredor de pratos, copos, garfos... para ficar sempre ao lado da pia

 

Secador de salada Roda Viva (é este mesmo o nome do produto!)

É de Coca-Cola

14 nov

Sou viciada em Coca-Cola. Tomo todos os dias. Com custo aprendi a tomar a zero durante a semana. Mas no fim de semana eu me permito comprar uma garrafa de Coca normal. Adoro Coca normal. Renné diz que se viciou um pouco em Coca-Cola comigo, Simone também. (Daniela Mercier, te cuida!). Renné fala que aprendeu ainda a apreciar o sabor de um Guaraná Antártica, já que toma a bebida muito raramente. Sempre peço uma Coca e ele acaba embarcando.

Eu sou do tipo que se irrita quando o garçom fala “tem Peps, tudo bem?”. Não! Nestes casos eu peço uma Soda, contrariada. Peps não. Acho que associei a Coca-Cola a momentos de alegria simples, tipo ver filme em casa, macarronada de domingo, pizza com a família de BH na hora do Fantástico. Sempre gostei de Coca-Cola. Tomava todo domingo na casa da Tia Eleuza, com frango feito no açafrão. O vício veio mesmo quando larguei o café, logo que me mudei para Belorizonte. Precisava de algo que me oferecesse doses diárias de cafeína.

Adoro a bebida, o design da garrafa, os comerciais, tudo de Coca-Cola. Para algumas pessoas essa fissura não combina muito comigo. Renné falou no início do namoro que gostava de minhas contradições. Ele não usou essa palavra, falou outra coisa, mais ou menos nesse sentido, disse que achava engraçado eu adorar Guimarães Rosa e ser viciada em Coca-Cola e enumerou outras coisas, meio que pareciam contraditórias, mas não lembro mais quais eram.

Guimarães Rosa devia mesmo abominar uma Coca-Cola (embora eu nunca tenha lido em lugar nenhum esta informação). E a vida dele faz a gente pensar de Cordisburgo a Berlim, mas nada que lembre os EUA. Já Clarice Lispector era uma viciada no refrigerante mais vendido no mundo. Conferi agora na Internet e vi que um personagem de G. Rosa já pediu uma Coca-Cola para o copoanheiro que ia dirigir. É um conto bem engraçado, sobre uns amigos bêbados, ainda não tinha lido, chama “Os temulentos”, vale a pena.

Bora acabar este post. Caso é que coloquei em nossa lista de chá-de-panela lindos copos para servir Coca-Cola e um porta-guardanapo vermelho com a marca mais lembrada de todas.

para tomar o elixir da longa vida

 

 

Coisa vermelha dá fome ou sede mesmo?

Telefone

12 nov

Gosto de coisas antiguinhas. Sou apaixonada por aqueles telefones pretos, pesados, de discar. Um dia quero ter um, de preferência que não sirva só de enfeite, mas que dê para usar de vez em quando. Em momentos sem pressa, claro, pois os dígitos agilizam a vida. Nos dias em que eu fizer as unhas, quando elas ainda estiverem impecáveis (antes de se sujarem de tinta de caneta ou de se descamarem na cozinha) quero discar e ficar contemplando minhas mãos. Daí desligo antes de discar o último número.

Mas por enquanto teremos um aparelho de telefone bem genérico, dos mais baratos, que já vem junto com o plano da Telefônica. Ter um telefone antigo agora seria uma extravagância pouco prática. Talvez com um aparelho lindo assim, no futuro, eu perca a minha esfriguimia de telefone tocando.

Já fui a uma exposição sobre a história do telefone. Adorei rever os orelhões de fichas e o caso de que Dom Pedro II se encontrou com Graham Bell para ver o protótipo do telefone funcionar. Li umas coisas interessantes na Internet, que Graham Bell foi professor de surdos, que o pai dele era um estudioso do aparelho fonador e que ele não inventou o telefone. Assim, ele inventou, mas inventou mais ou menos. Antes um alemão chamado Helmholtz escreveu um livro com seus estudos sobre formas de sintetizar o som da voz humana. Graham Bell se interessou muito pela obra, mas como não sabia alemão, se confundiu e achou que a proposta dele era de transmissão de voz à distância. Seguiu nessa linha e fez se o telefone.

Alou!