Tinha um bispo em Pádiminas que dizia que só depois de comer um fardo de sal com uma pessoa é que a gente realmente poderia dizer que a conhecia de verdade. Imagina o tempão que se leva para comer um fardo de sal, pitadinha por pitadinha! Será que eu e Renné já comemos juntos nosso fardo de sal? Bom, acho que o sal comido numa relação à distância deve valer por dois…
Renné estranhou que em Portugal não tem saleiro nas mesas de restaurantes. E, se você pedir, fazem cara de espanto. Gosto de sal, coloco sal em muita coisa. Também gosto de pimenta. Descobri um casal de saleiro e pimenteiro fofíssimo, chama Senhor Marinho e Dona Pimentinha. Também colocamos na lista um saleiro comum, maiorzinho, onde vou despejar o resto do saquinho de sal – que será gasto rapidim – e colocar dentro do armário. O casal tempero vai ficar em cima da mesa, como Renné gosta.
Já açúcar é produto que vem caindo em desuso. Não uso adoçante, mas também não tomo café e nem adoço suco. Basta o açúcar que eu consumo na Coca-Cola e nas sobremesas. Mas em chá eu gosto de colocar um tiquim de açúcar. E sempre vai aparecer alguma idéia para adoçar a vida. De repente uma receita pede lá o tal do açucar. Então é certo que teremos o produto em casa. Descobri um açucareiro inacreditável, em formato de ampulheta. Uma vez dei uma ampulheta (de areia, e não açúcar) para Renné. Foi no início do namoro. Acho que tinha algum sentido, não lembro qual.
Para fechar este post de temperos, tem um porta temperos diversos em formato de… baleiro! Eu simplesmente amo baleiro, meu sonho era ter um baleiro de verdade, tipo daqueles de venda de roça, de vidro e três andares. Mas para ter um objeto tão grande assim é preciso ter uma casa proporcionalmente grande. E é preciso que muita gente circule por esta casa grande, principalmente crianças, para justificar tantas balas, chicletes e pirulitos. Está decidido, quando eu for avó (e Renné avô), teremos um baleiro de verdade em nossa casa.